Da janela de casa, observo
meninos, indo e vindo na pista de skate.
São 7 da noite e eles fazem isso no escuro. Sobraram poucos, apenas uns 4, dos
20 que por ali passaram a tarde.
Não consigo distingui-los
plenamente, mas o rascar do skate na
pista me informa que são poucos, mas não
desistem: vão e voltam, ignorando a escuridão.
Além de uma certa
perplexidade prática (“será que não é mesmo possível colocar luz ali para os
meninos, para garantir mais conforto e mais segurança?”), sinto o quanto é bela
a dança juvenil que executam, preparando voos efêmeros e ignorando a escuridão (
ainda que isso possa terminar num doloroso joelho esfolado).
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