Vocês lembram a História
da Carne Cinza?
Achei que tinha tido um
final (triste), mas não é que rendeu alguma coisa mais?
Pois bem, o fato é que, na
quinta, o Walmart colocou no Twitter uma propaganda sobre um certo cooktop, que
estava na promoção. No final do tweet, eles colocaram algo como “e então, aí
tem cozinheiro?”.
Não resisti (eu e meus
dedinhos ágeis...) e comentei mais ou
menos o seguinte, lá no @emaguasclaras:
“Cozinheira até tem, mas a
carne estragada que vocês me venderam no domingo eu não utilizo nem para
envenenar alguém.”
Daí, o Walmart pediu em privado um número de celular e o Paixão deu o dele.
Nossa, vocês não têm NOÇÃO
das 500 mil pessoas que começaram a ligar, pra saber o que tinha acontecido,
para prometer providências e tal, de modo que ele (o Paixão) passou a sexta
atendendo telefonemas, que foram desde a “área de marketing”, passando pela
sede em São Paulo e chegando, finalmente, ao gerente da loja em Águas Claras e,
pasmem vocês, ao “responsável pelo setor de perecíveis”. Foram tantos telefonemas compungidos que a
gente já estava esperando até uma ligação do faxineiro do lugar, explicando pra
gente que tudo estava limpinho sim e não sabe como isso aconteceu e lamenta
muito.
O Cláudio aproveitou para
falar de outras coisas meio toscas que ele percebe no hipermercado da nossa
terrinha, tais como a garagem imunda, os carrinhos espalhados por todo o lado,
na tal da garagem, ou as gôndolas, que de vez em quando aparecem estranhamente
vazias. Em suma, eles receberam um tremendo retorno sobre as impressões do
cliente Homer Simpson, sobre o que se vive por ali (e olha que nós nem
cobramos!).
Sinceramente, até me deu
um pouco de remorso, que não pensei que a coisa fosse ganhar a dimensão que
ganhou (sou acostumada a ser maltratada) e fiquei com dó do gerente, que disse
“quando for assim, vocês podem falar comigo mesmo”. Daí, pensei também que
nos acostumamos tanto em ser
desrespeitados, que não achamos que valesse a pena, por 8 reais, sair de casa
para reclamar e ouvir, como eu disse no post, coisas como “vocês é que devem
ter deixado esta carne fora da geladeira” ou “tem certeza de que compraram aqui?”, ou seja, além de
lidar com a carne cinza, ainda teríamos que defender nossa honestidade e
integridade.
Ah, as relações do
consumo: a corda arrebenta tanto do lado mais fraco que, quando estamos diante
de quem nos respeita, não o identificamos.
Bem, é isso. Achei que era
importante fazer aqui uma sessão de desagravo ao Walmart, cujo comportamento e
cuidado diante da situação desagradável foram super profissionais, o que nos
animou a continuar a fazer nossas compras por lá.
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