quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Estranho Caso do Viaduto

Os universitários presentes ao recinto poderiam dar as coordenadas geográficas corretas, mas, quando a gente vem pela EPTG, tem a opção de entrar em Águas passando por baixo de um viaduto (o nome dele é Israel Pinheiro?). Toda vez que passo por ali, penso em como um ENGENHEIRO teve coragem de assinar um projeto daqueles e em  como a educação neste País está precária e este cara não devia ter saído nunca da quinta série etc. Enfim, mas o fato é que por ali passam também os veículos de quem vai para o Parkway e há sempre um bolinho complexo de carros, que só não se batem por obra e graça do espírito santo.
Quer dizer, eles até se batem e é a história surreal de uma dessas batidas que eu quero contar pra vocês.
Estávamos eu e o Possante (preciso lavar!) parados num desses bolinhos congestionados, um pouco antes do viaduto em si, quando olho pelo retrovisor e vislumbro um outro carro a 300km/h . Só deu tempo de engatar, dar uma chegadinha para a frente e... crash!
Ah, só quem passa por ali para entender.... o burburinho dos outros carros, o estresse de quem já enfrentou toda a delícia de uma Estrada Parque e você ali, ligando o pisca-alerta, tirando o cinto de segurança  e se preparando para contar os prejuízos.
A motorista era uma senhora, que foi logo dizendo:
- Moça, me desculpe, eu me distraí.
É incrível como o corpo da gente reage. Apesar de estar relativamente calma, eu estava toda trêmula, mas consegui responder que era para ela ficar tranqüila, que era só questão de a gente trocar telefone, que não tinha sido nada sério.
Olhando bem de perto, vi que não tinha acontecido nada mesmo (bendita chegadinha para a frente!) e falei pra ela:
- Vamos embora, não amassou.
Ela estava meio desvairada e  comentou:
- Nossa, eu tou tão nervosa!
Daí, acho que nos identificamos:
- Eu também; olha só, tou tremendo.
Agora vem a parte MUITO LEGAL desse incidente: falamos “então tchau” uma para a outra e NOS ABRAÇAMOS.
É ou não é surreal, duas mulheres assim, cercadas por pisca-alertas, abraçando-se depois de uma batida em via movimentada?
Somos estranhas?
(Senhora Distraída, se ler este blog, por favor, manifeste-se, para que as pessoas não achem que eu tive uma alucinação... Aí, eu vou aproveitar para agradecer, pois sei que o abraço só rolou porque a senhora teve uma atitude gentil e equilibrada, assumindo o próprio erro e pedindo desculpas. Quando crescer, vou ser assim. )

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