sábado, 9 de abril de 2011

Clientes invisíveis

Frequento uma padaria da cidade (não vou dar o nome, por motivos óbvios) cujas balconistas dão um show à parte.

Uma das fornadas de pão sai lá pelas 8 da manhã. Várias vezes a cena se repetiu: ficamos ali na fila, os clientes sonados, enquanto as atendentes nos ignoram. Não ignoram, simplesmente desviando os olhos ou fingindo fazer alguma coisa. Ignoram ostensivamente. Ficam paradas em frente a nós (afinal, não há pão, certo?), do outro lado do balcão, e conversam. Não conversam um pouquinho, de um jeito discreto. Conversam MUITO, em voz super alta, com direito a gargalhadas. Conversam sobre o que fizeram na noite anterior, sobre a colega que está atrasada e é uma desaforada, sobre o luan santana e sobre o poder das chapinhas.

Divirto-me demais.

Quando o pão chega, elas fecham a boca, voltam ao modo-produção,  a fila acaba e a padaria ganha um ar um pouco menos feliz.

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