Já que estou em casa, acabo “convivendo”
muito mais com os vizinhos. Neste exato momento, junto com a máquina de cortar
grama, que moi lá fora as beiradas do metrô, com as vassouradas da diarista nas
paredes e nos móveis aqui de casa (e mais os gemidinhos da filhota, que acorda
e daqui a pouco quer peito e nada de post terminado), está em ação o Pica-pau
de Fim-de-Semana.
Estou estranhando. Afinal, hoje é
quinta-feira e ele se adiantou à rotina que, há mais de um mês, estabeleceu:
basta chegar sábado e domingo e, tcharan, temos que utilizar nossa furadeira da
polishop e pregamos quadros e reajustamos as cortinas e furamos e furamos e
furamos cada centímetro dos quartos e da
sala e da cozinha e do corredor ( preciso
interromper para contar que ontem vi, na
wimóveis, alguém chamando corredor minúsculo de “hall de circulação”. A-do-ro.)
Evidentemente, não basta que seja
sábado ou domingo. É preciso que seja também bem cedo, de preferência às seis
da manhã, pois pica-pau que é pica-pau é mutante madrugador.
Na próxima edição da estranha
série “Vizinhos do Barulho”, falaremos de um outro espécime, o Batedor Serial, que sai batendo todas as portas da área comum do prédio, mesmo que seja super cedo ou super tarde, para depois mexer tresloucadamente na chave e na porta. Só aí chama o elevador, que sobe gemendo e, ufa, leva para longe nosso personagem, trazendo aos ouvintes, enfim, esta raridade chamada sossego.
(By the way, é claro que estou
sentando no próprio rabo. Afinal, também integro a fauna, sendo mais conhecida
como a
Mão-que-embala-o-berço-mas-não-consegue-fazer-o-bebê-calar-a-boca-às-3-da-madrugada)
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