domingo, 20 de março de 2011

Loucura, loucura, loucura

Uma das relações mais in(tensas) que um legítimo morador de Águas Claras estabelece é com o trânsito. Explico-me. De modo geral, as pessoas que moram por aqui trabalham ou cuidam da vida no Plano Piloto. Com trânsito tranquilo, levam-se vinte minutinhos até o centro de Brasília. Em dias e horários de pico, é preciso separar uma boa hora para o mesmo percurso, o que traz para a vida das pessoas a necessidade de trazer o trânsito para a lista das preocupações cotidianas: a que horas sairei? qual o melhor trajeto? Vou pela EPTG ou pela Estrutural? Vai chover ou não vai? A gasolina aguenta? Será que algum acidente aconteceu?

Particularmente, como o trabalho é das 12 às 19 horas, enfrento poucos engarrafamentos ou momentos de estresse: quando saio, a maioria das pessoas já saiu. Quando volto,  só pego um restinho, o rabinho do trânsito complicado, mas isso não me impede de enfrentar as crateras em Águas Claras, os motoristas mal-educados, que se multiplicam às pencas, os dias terríveis de chuva.

Quinta passada foi assim. Saí pouco depois da tempestade que caiu e, meus amigos, só Deus mesmo para explicar como cheguei viva e de carro inteiro, mesmo com  a quantidade de sinais que não funcionavam (inclusive em pleno Eixo Monumental!), os dois carros que bateram exatamente à minha frente (sim, eu era a próxima a bater, mas as lições de direção defensiva na chuva me livraram de me juntar aos dois homens que saíram dos carros, durante a tempestade, um deles usando uma jaqueta em cima da cabeça, uma cena assim super desestressante), as poças sinistras (conseguirá o velho e bom siena enfrentar esta?? Siiiim! E a próxima? E mais aquela? E a outra?).

Enfim, para quem vem morar por aqui e tem a vida toda no Plano, é bom levar em conta esses dissabores, que se multiplicam para quem começa a trabalhar, por exemplo, às 8 horas da manhã, com retorno às 18 horas.

Vou falar mais sobre o assunto, que acho que dá pano pra manga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário