Uma das sacadas mais
bacanas desta onda chamada “Sustentabilidade” (um balaio de gatos muito amplo,
no qual cabem muitos conceitos) é a que defende a valorização dos comerciantes e fornecedores (a palavra da moda é “empreendedores”,
pois não?) locais. O chamado “consumo
local” evitaria gastos (e
desgastes) tais como combustível para transporte ou material para embalagem.
Intuitivamente, com quase
nenhum respaldo teórico (ou mesmo atuação militante), essa tem sido uma tendência que tenho acompanhado com muito interesse e
aplicado com algum empenho. Talvez por morar em Águas Claras e trabalhar no
Plano Piloto, vivendo as agruras do trânsito, tenho buscado cada vez mais
resolver minha vida num raio de poucos quilômetros. Afinal, já que não posso
mudar meu local de trabalho, posso pelo menos fazer as unhas na vizinhança...
Só para dar um exemplo da “radicalidade” com que tenho adotado o modelo: desde
que me mudei para a cidade, sempre fiz
depilação e sobrancelha com as mesmas pessoas. São profissionais excelentes,
mas, durante esse meu “sabático da maternidade”, acabei testando outros, mais
perto ainda. A ideia é alcançar os serviços a pé: se para chegar ao endereço
antigo eu levaria uns 20 minutos, agora levo 5 - e não perco nada em qualidade.
Sei que para muita gente
isso é inviável, pois a fidelidade aos fornecedores pode ser grande. A grande questão é que, no caso que narro, por mais que os profissionais sejam bons, é
possível encontrar algo equivalente, muito mais perto – e eu sempre optarei
pela proximidade, pela familiaridade, pela formação de parcerias mais parecidas
com a vida no interior. Como disse (e ficou claro no que escrevo), não sou uma
especialista, mas percebo que, se essa tendência se disseminar e se estabelecer, as empresas precisarão investir em dois
grandes blocos de atuação: ou se tornam imprescindíveis, oferecendo produtos
(realmente) insubstituíveis, ou resolvem para seus clientes essa questão da
mobilidade, que, no meu entendimento, será chave para as gerações que virão. Fazer mais do mesmo, sem se tornar especial ou
se aproximar pra valer de quem consome, será dar tiro no próprio pé.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirah, issana.... como é gostoso ir aos lugares a pé. tem cheirinho e gosto de minas. =)
ResponderExcluirbeijo, querida!
iza
Beijos pra vc também, Izabela querida!!! Paz e luz nos seus caminhos...
ExcluirOlá! Depois de um post que você escreveu dia 27 de fevereiro de 2013, entrei muitas vezes aqui e nunca era atualizado. Pensei que tivesses desistido do blog. Aí hoje, ele estava salvo nos meus favoritos, resolvi entrar para ver se continuava desativado. Qual não foi minha surpresa em ver que tinhas alguns post, além de saber que agora tens uma filha! Que legal! Parabéns! Bjs
ResponderExcluirQue bom que você voltou, Sissy. Realmente, andei meio afastada, mas agora estou na área. Continue por aqui, que de vez em quando aparece um ou outro texto. Bjs
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