terça-feira, 26 de novembro de 2013

A vida na caixa de fósforo

Depois que tivemos o bebê, descobrimos o quanto o apartamento é pequeno. Sim, caros amigos, porque uma certa mocinha, que hoje pesa pouco mais que um saco de arroz, ocupa um espaço fenomenal.

(Estava tão apertado que tiramos a foto no corredor. rs)
Comecemos pelo quarto. Sabe aquele quartinho que abrigava toda a sua bagunça? Então, ele passa  a ser dela e você tem que dar fim na cama de solteiro, no colchão e em todos aqueles livros e pastas que acumulou. Tudo bem, isso não é ruim, mas não se esqueça de que é preciso comprar o berço e uma cômoda. Antes que me perguntempor quê a cama de solteiro não ficou, é bom informar que seria ótimo que ela permanecesse, mas o cubículo que você chamava de “quartinho da bagunça” é minúsculo.

Bem, você precisa comprar também um carrinho, que vai atravancar a sala, uma cadeirinha de balanço, que você é abusada e acha que seu bebê merece viver todas as experiências possíveis neste universo dos recém-nascidos, e uma banheira bem grande, que vai para o box de um dos dois banheiros da casa e de lá não mais sairá, o que significa que você agora vai alternar com o companheiro o uso do outro espaço (ah, que antes cada um tinha seu banheiro...).

Também é preciso achar espaço para o nebulizador,  os pacotes de fralda que o pessoal do trabalho do marido descolou para vocês, o cesto de lixo, o cesto de roupa suja, o bebê-conforto, o balde-ofurozinho que você não resistiu em comprar, as roupas e o kit de higiene, fora os brinquedos, ah, os brinquedos, que são infindáveis e se multiplicam, até porque embalagens de todos os tipos e papeis barulhentos também ascenderam à categoria “brinquedos-super-interessantes-que-não-podem-ir-para-o-lixo-pois-o-bebê-adora.

A situação chega a um ponto que você se pega dando um ultimato no marido, dentro de uma loja de bugigangas: “amor, não cabe nem mais uma agulha lá. Se você levar isso, teremos que colocar a menina para dormir no carro”.


É uma aventura, meus amigos. Uma aventura deliciosa, dentro de uma caixinha de fósforos. 

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