quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Novo rumo para Águas Claras?



Olá, gente amiga do Reino Encantado das Águas Claras.

Que sumiço, não?

Isso invariavelmente significa que a vida está interessante – ou pelo menos muito, muito ocupada.

Continuemos, a despeito disso, que o Mundo gira e a Lusitana roda.

Comecemos de forma poética (só que não). Andei lendo umas entrevistas com o novo administrador regional da cidade (leia a íntegra aqui) e simplesmente pre-ci-so comentar, com todo respeito, algumas falas interessantes. Comecemos (destaques todos  meus, ok?):

“Todos os questionamentos e solicitações da comunidade serão respondidos e atendidos, dentro das nossas possibilidades. Nós não temos uma varinha mágica, mas temos muita vontade de melhorar nossa Região, até mesmo por que, essa foi uma ordem expressa do Governador Agnelo.”

Não, vocês não têm uma varinha mágica. Entretanto, vocês têm, além da vontade que não questiono, também PODER (nem que seja o da “representatividade”, transferida via governador), o que significa quase a mesma coisa, num estado democrático de Direito. É preciso fazer essa varinha funcionar, acionar  - e desenvolver - as tais “possibilidades“,  para o bem de TODOS, e não de grupos econômicos específicos.

Vamos a mais um registro? Esse eu tirei daqui:

"O Parque Ecológico de Águas Claras é do Ibram (Instituto Brasília Ambiental). Precisamos da autorização deles para realizar qualquer intervenção. Nos últimos meses instalamos uma quadra de futebol de praia, futevôlei, quadra poliesportiva, além de banheiros feminino e masculino."

O Parque não é do Ibram. É do povo. O Ibram é o órgão responsável e, olhe só que interessante, pertence ao mesmo impávido e glorioso GDF. Administração integrada, simbora?

Vamos a mais um registro, para fechar o post com chave de ouro (ou de lama e entulho e barulho e transtornos a perder de vista):

"Não é possível que uma cidade cresça sem incômodos. Nós procuramos minimizar esses transtornos e não podemos deixar de ver o lado dos investidores. Quem investe também está criando moradias para a população. As empresas geram emprego e renda, são importantes para o desenvolvimento da cidade, mas precisam respeitar as regras. Não podemos admitir abusos. Estamos sendo rígidos com as construtoras e, junto à Agefis (Agência de Fiscalização), punindo excessos, como, por exemplo, sujeira nas pistas, vazamento de água, tapumes fora do lugar e deslocamento indevido de terras."


É preciso ver o lado dos investidores? É preciso entender que eles precisam ocupar as ruas em horário de pico? Que precisam despejar água na rua, por dias a fio? Que necessitam cumprir prazos e trabalhar até as 11 da noite? Que querem o bem da cidade e torcem para que isso aqui se transforme num lindo e maravilhoso espaço de cidadania responsável, todo arborizado e sustentável? Que vão criar seus filhos por aqui e, exatamente por isso, preocupam-se com a construção e a manutenção de aparelhos públicos decentes?

Enfim, concordo com o Sr. Administrador em pelo menos uma coisinha: é preciso ver  - e só não vê quem não quer.

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