quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Roda Viva


Em Águas Claras, o dia amanhece. Lá do alto, poucas luzes acesas. Entretanto, a cidade não dorme mais: são 6h30 e um batalhão de pessoas surge, das entranhas do metrô. São as empregadas domésticas, os porteiros em troca de turno, os funcionários das inúmeras construtoras. É  a massa silenciosa que, daqui a bem pouco tempo, nos substituirá nos cuidados com a casa, com os filhos, com a segurança, com as construções de todo tipo.

Nós, por outro lado, acordaremos daqui a pouco, para enfrentar o trânsito enlouquecedor e torrar os neurônios em  escritórios pouco   humanos, para ganhar um dinheiro que, por sua vez, nos garantirá a possibilidade de contratar outras pessoas para tocar aquilo que, ao fim e ao cabo, é o que realmente interessa na vida.

Mas não é hora de pensar sobre isso, até porque, às vezes, pensar dói. 

4 comentários:

  1. os mundos vários dentro de um mundo só.

    todos sós, não é vero? meio que sim e meio que não.

    que bom que o blog voltou à ativa!!!

    beijodebomdiacorridinho!

    iza =)

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  2. Nossa, Izabela, e como são sós... Sós e incomunicáveis. A superficialidade é a tônica: não há comunicação de fato, apenas contatos de superfície.

    Is it the real life?

    Bjs mil

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  3. Eu penso nisso todo o tempo. Trabalho num lugar que não é ruim, não me pressionam, não me cobram e mesmo assim estou infeliz. Será que vale mesmo a pena fazer esses sacrifícios em nome de uma profissão?

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    Respostas
    1. É, Raul, acho que esta é a pergunta que todos acabamos nos fazendo, mais cedo ou mais tarde... E o pior (ou deveria dizer "melhor"?) é que precisamos sobreviver, então acabamos arrastando, deixando rolar, acomodando-nos...

      Eiiiii, boa viagem para você!!!! Feliz reencontro com a Princesa do Reino das Águas Claras!

      Abs

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