Em Águas Claras, o dia amanhece. Lá do alto,
poucas luzes acesas. Entretanto, a cidade não dorme mais: são 6h30 e um
batalhão de pessoas surge, das entranhas do metrô. São as empregadas
domésticas, os porteiros em troca de turno, os funcionários das inúmeras
construtoras. É a massa silenciosa que,
daqui a bem pouco tempo, nos substituirá nos cuidados com a casa, com os
filhos, com a segurança, com as construções de todo tipo.
Nós, por outro lado, acordaremos
daqui a pouco, para enfrentar o trânsito enlouquecedor e torrar os neurônios em
escritórios pouco humanos, para ganhar um dinheiro que, por
sua vez, nos garantirá a possibilidade de contratar outras pessoas para tocar
aquilo que, ao fim e ao cabo, é o que realmente interessa na vida.
Mas não é hora de pensar sobre
isso, até porque, às vezes, pensar dói.
os mundos vários dentro de um mundo só.
ResponderExcluirtodos sós, não é vero? meio que sim e meio que não.
que bom que o blog voltou à ativa!!!
beijodebomdiacorridinho!
iza =)
Nossa, Izabela, e como são sós... Sós e incomunicáveis. A superficialidade é a tônica: não há comunicação de fato, apenas contatos de superfície.
ResponderExcluirIs it the real life?
Bjs mil
Eu penso nisso todo o tempo. Trabalho num lugar que não é ruim, não me pressionam, não me cobram e mesmo assim estou infeliz. Será que vale mesmo a pena fazer esses sacrifícios em nome de uma profissão?
ResponderExcluirÉ, Raul, acho que esta é a pergunta que todos acabamos nos fazendo, mais cedo ou mais tarde... E o pior (ou deveria dizer "melhor"?) é que precisamos sobreviver, então acabamos arrastando, deixando rolar, acomodando-nos...
ExcluirEiiiii, boa viagem para você!!!! Feliz reencontro com a Princesa do Reino das Águas Claras!
Abs