terça-feira, 25 de outubro de 2011

No metrô

Tenho andado muito de metrô e, talvez vocês me achem louca, mas aprecio de verdade a experiência. Sei que provavelmente isso ocorre porque sempre utilizo esse meio de transporte em horários alternativos, sem grande movimento, e tenho a alternativa de usar um carro. Enfim, é inevitável reconhecer que meu olhar é classe média, mas também é inegável que esse mesmo olhar brilha, diante dos tipos e figuras impagáveis,  que parecem emergir do túnel.   
Num dia desses, por exemplo, conheci o Sr. Waldimiro, morador de Águas. Ele puxou papo, enquanto esperávamos o trem, e eu o achei fascinante. Conversamos sobre consciência negra, Milton Santos,  cidadania em Águas Claras... Descobri, inclusive, que ele tem um blog super badalado, O Negro no Brasil 1980, que eu já deixo devidamente recomendado.
No mesmo dia, um grupo de estudantes, todos com sua Canon no pescoço e jeans iguais e tênis iguais e uns 20 anos de idade, entraram no vagão onde eu estava. Penso que eles estavam fazendo algum tipo de exercício de fotografia e os achei, por si mesmos, absolutamente fotografáveis, na beleza da juventude interessada (e interessante)

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